quinta-feira, 17 de novembro de 2011






O trabalho, na verdade, passou de uma concepção de sobrevivência, em busca de meios para satisfazer as necessidades básicas, até chegar, nos dias de hoje, como sendo vital e fundamental para todo ser humano essencial à vida e à própria felicidade. É inegável sua importância para o ser humano, pois através dele a pessoa se sente útil à sociedade e à vida.
O trabalhador, nesse sentido, deverá ser ouvido, percebido e respeitado como ser humano e como cidadão. Desta maneira, a concepção de trabalho seria desvinculada da concepção de castigo, fardo, sacrifício e se transformaria em fator importantíssimo de felicidade.
No entanto, não é esta a racionalidade presente nas organizações e instituições. A lógica predominante é a dos negócios, sustentada pela defesa das leis do mercado.
O estilo de vida sedentária que os brasileiros possuem acaba fazendo com que estes hábitos não saudáveis sejam levados para o trabalho.
            Em alguns casos, o trabalho ocupa o vazio existencial e social na vida das pessoas, passando a ser uma forma de sublimar necessidades frustradas, derivando daí a sensação de que não se pode viver sem ele.




Muitas corporações estão tentando construir este setor com a implantação de programas aleatórios, que não trazem os resultados necessários e desejados, pois um programa de qualidade de vida deve ter um direcionamento e um acompanhamento, o que requer tempo e dedicação. Com o intuito de obter resultados rapidamente, muitas empresas contratam serviços desqualificados. Esse quadro reflete um período de exploração de um novo setor pouco conhecido e que necessita, assim como os outros setores, de uma estrutura forte e articulada que os colaboradores e as empresas devem construir.
Uma das questões centrais da reflexão sobre qualidade de vida está no trabalho, que deveria ser fonte de prazer e satisfação: o prazer no processo, o prazer em ver o trabalho pronto e o prazer que o produto final propicia às pessoas.
Qualidade de Vida no trabalho
Naturalmente a qualidade de vida está sendo inserida no meio organizacional das empresas, local onde grande parcela do tempo das pessoas é dedicada. O mercado cada vez mais competitivo e exigente movido pela velocidade das informações geradas por um mundo globalizado e pelos avanços tecnológicos define o profissional como sendo a verdadeira potência. A motivação e o comprometimento são os combustíveis dessa potência. Portanto a geração de qualidade de vida nas empresas é essencial para obter-se a motivação e o comprometimento e esse conceito está tomando formas no Brasil.






Lyndon Johnson, presidente dos Estados Unidos, foi o primeiro a empregar a expressão qualidade de vida, ao declarar, em 1964, que “Os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas.”
Quantidade de Vida X Quantidade de Vida

              O ser humano, infelizmente, não raro vive em um constante mau-viver. Em outras palavras, pode-se afirmar que ele não tem, ou tem poucos momentos de felicidade e prazer. Isso faz com que se tenha também maior suscetibilidade às doenças.
            Sobre esta questão nunca é repetitivo demais dizer que ter quantidade de vida é importante, mas é diferente de ter qualidade de vida.
            A qualidade de vida do ser humano, no sentido amplo da expressão, somente é compreendida se for captada nas suas múltiplas dimensões, como a vida no trabalho, a vida familiar e a vida na sociedade, a espiritualidade, enfim, em toda a vida.